31/12/2023

Conferência de fim de ano da Madre (1880)

Em preparação ao último dia do ano, a Madre se dirige, por meio de uma conferência, a todas as irmãs de Nizza Monferrato. Em meio a várias recordações gerais, o tema predominante é o do espírito de pobreza e mortificação: “Ano novo, vida nova”, diz o provérbio, “mas não deve ser letra morta para nós. Vocês veem, minhas queridas irmãs, como a morte frequentemente vem nos visitar; ela também poderia vir para mim, para algumas de vocês. Portanto, sejamos sérias! Pelo amor de Deus, não sejamos irmãs medíocres, mas que nossa conduta seja sempre a de boas religiosas. Deixamos o mundo e, portanto, não devemos viver do mundo, mas do Senhor.

Mantenhamo-nos sempre humildes diante de Deus e dos homens; não acreditemos que apenas o que nós fazemos é belo e bom. Rezemos e nos comportemos em tudo como se tivéssemos Nossa Senhora presente; e nós a temos, mesmo que não a vejamos.

Vejam, minhas queridas irmãs, agora temos um bom número de postulantes; temos um bom número de educandas; temos uma bela casa e uma bela igreja; casas são abertas em bom número. Mas de que isso nos servirá se, por causa disso, perdermos nosso bom espírito e diminuirmos nosso fervor?

Amemos e pratiquemos com verdadeiro amor a pobreza religiosa, tão amada e praticada por nosso Jesus, nossa Mãe Maria e nosso “ecônomo” e protetor especial, São José. Continuemos a viver unidas na caridade, no fervor e no verdadeiro espírito de pobreza, que foi a mais bela glória dos primeiros anos de Mornese e o meio mais notável da santidade adquirida pelas já muitas de nossas irmãs que nos precederam na glória eterna.

Minhas irmãs e minhas filhas: enquanto formos pobres de espírito, teremos muitas outras virtudes, e a Congregação subsistirá e florescerá cada vez mais bela e forte. Se formos irmãs santas, a Providência não nos faltará. Sejamos religiosas de verdade, e que o novo ano seja de fato, para todas, vida nova!”

Fonte: Cronistória do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora – Volume 3

«Ó minhas queridas Irmãs, desejo-lhes um bom ano, cheio de todas as graças e bênçãos do Céu. (...) comecem bem o ano, pensem que, para algumas pode ser o último que começamos; e quem sabe se chegaremos ao fim? É preciso que estejamos sempre preparadas, com as contas em dia; assim, a morte não nos causará medo. Tenham todos os cuidados necessários consigo mesmas; quero vê-las sempre alegres, sadias de alma e de corpo. Rezem com fervor, por mim também, né? e pelas nossas Irmãs; não se esqueçam daquelas que já foram para a eternidade, e também das que estão na América.»

Fonte: Carta de Madre Mazzarello às Irmãs de Bordighera (Nizza, 27 de dezembro de 1878)

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